terça-feira, 31 de maio de 2011

Brasil: Um gigante do agronegócio internacional

País aponta um modelo único parta gestão de fazendas no cenário global.



Um dos principais setores da economia brasileira atualmente, o agronegócio convive hoje com uma imagem que vai contra o forte papel social que desempenha. A ele é atribuída a responsabilidade por problemas relacionados a destruição do meio ambiente. O que não se percebe é que essa é uma idéia pouco fundamentada. Está nas propriedades agrícolas o sustento de boa parte da população brasileira e há inúmeras iniciativas sendo feitas para que o impacto ambiental de lavouras e propriedades agropecuárias seja sempre o menor possível. Coloca-se assim em jogo os princípios de sustentabilidade norteando uma atividade que, por sua própria história, sempre ajudou o Brasil a conhecer melhor a riqueza de seu meio ambiente e desempenhou, desde sempre, o mais relevante papel no crescimento socioeconômico da população nacional e no seu posicionamento como fundamental player do mercado internacional do setor.

Esta idéia errônea que se percebe nos discursos de muitas vozes hoje influentes no país, demonstram pouco conhecimento da realidade econômica do Brasil frente aos interesses de grandes países também produtores de alimentos e aos lobbys multinacionais que usam a bandeira verde para dar continuidade a um colonialismo disfarçado que se iniciou no descobrimento do Brasil e de suas grandes riquezas há mais de 500 anos.

Um dos principais pilares deste tipo de ideologia que embasa os discursos pelos quais o agronegócio seria o responsável pelo desmatamento de nossas florestas está também no noticiário da imprensa brasileira. Vive-se hoje em um mundo no qual a mídia é cada vez mais acessível a todos por meio de inúmeras tecnologias.

Na década de 1960, o mundo já discutia a questão da fome com atenção. Em 1968, Paul Ehrlich, um dos pensadores alinhados a Teoria Populacional de Thomas Malthus, escrevia que: “A batalha para alimentar toda a humanidade acabou. Nas próximas décadas, centenas de milhões de pessoas vão morrer de fome, apesar de qualquer plano de emergência iniciado agora. A esta altura nada pode impedir o aumento substancial da mortalidade mundial”. Tal afirmativa se dava com base em estatísticas que demonstravam que a produção de alimentos crescia em uma proporção assustadoramente menor do que o crescimento da população mundial.

Outro embasamento para as conclusões pessimistas sobre o futuro da produção mundial de alimentos está no famoso relatório "The Limits to Growth" (Os limites do crescimento). Tal material, que vendeu milhões de cópias em 30 idiomas, teve conteúdo elaborado por um grupo de cientistas de sistemas do Massachusetts Institute of Technology (o conceituado instituto de pesquisa norte-americano, MIT) e foi publicado, em 1972, pelo Clube de Roma organização sem fins lucrativos que reúne nomes ilustres do cenário europeu nas áreas de ciências, política, negócios, religião, cultura e sociedade civil, para discutir os problemas cruciais enfrentados pela humanidade. Tal relatório analisou diferentes cenários futuros, pesquisou formas de conciliar crescimento econômico e meio ambiente, porém afirmou que o mundo ficaria logo sem matérias primas para sustentar as economias dos povos, o que hoje vemos como uma previsão não confirmada.

Desde essa época até os dias de hoje, desponta no cenário internacional a mudança de postura de uma nação da América do Sul que importava de outros países praticamente todo o volume de alimentos necessários para alimentar sua população (carne, feijão, arroz etc.). Esse país era o Brasil que decidiu expandir a sua produção interna investindo em pesquisas cientificas, e não em subsídios, como é feito até hoje em muitos dos países ditos desenvolvidos.

Com esta estratégia, mudança de cultura e determinação nacional do governo em formar a capacidade produtiva agrícola brasileira, acontece o que denominamos de “A Revolução Verde”. Um gigante tropical agrícola acorda e demonstra ao mundo sua força. Entre suas estratégias nesta luta por espaço no mercado agrícola estão a pesquisa agrícola, a existência de grandes fazendas com aplicação interna de capitais e abertura de mercado, novas práticas de manejo, e, em especial, um povo empreendedor que começa a adotar e a demonstrar ao mundo um modelo de gestão de fazendas único no cenário global.
Este modelo é baseado em fazendas altamente produtivas, sem grandes subsídios estatais - ao contrário do que ocorre em boa parte dos países europeus e nos EUA -, e é mais adaptado a funcionar em países pobres como os de continentes africano e asiático. O modelo se mostrou eficiente e, em pouco mais de 30 anos, o Brasil se tornou o maior produtor e exportador de grãos, fibras e carnes do mundo – um dos temas que é abordado agora pela academia em cursos, como por exemplo, o MBA Business Intution e Agronegócios, em que leciono na Antonio Meneghetti Faculdade e que vem demonstrando o grande interesse do empresariado do agronegócio brasileiro em aprofundar seu conhecimento acadêmico sobre o tema.

Professor da Univasf lança revista em quadrinhos sobre empreendedorismo



O professor do colegiado de Administração da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Deranor Gomes de Oliveira, lançou o primeiro número da revista em quadrinhos “Jovens Empreendedores”. A ação faz parte do projeto de extensão “Educação Empreendedora: Desenvolvendo o protagonismo infanto-juvenil através do empreendedorismo social”, implantado nas séries do ensino fundamental da rede municipal de Juazeiro. O local escolhido para o lançamento oficial da revista, que aconteceu no dia 10 de maio, foi a Escola Municipal Mandacaru, no bairro Jardim Primavera.


Ao todo, cinco mil exemplares da revista foram distribuídos em 29 escolas da sede e do interior para estudantes do 6º ao 9º ano. No primeiro número, o autoconhecimento social dos alunos foi trabalhado através de histórias, atividades e desafios para fixar temas como cooperação, cidadania, geração de renda, desenvolvimento de habilidades empreendedoras sobre negociação, competitividade, identificação de oportunidades, entre outros.

O projeto foi implantado em 2008 e conta com a parceria da Secretaria de Educação de Juazeiro (Seduc). A iniciativa também envolve a capacitação de professores de empreendedorismo do município. De acordo com o coordenador do projeto, em torno de 180 professores já participaram de oficinas que auxiliam o profissional a despertar no aluno a formação de objetivos e metas, elevando sua autoestima.

Até agosto, outros três números da revista devem ser lançados com temáticas sobre o empreendedorismo social, economia pessoal, o valor da educação e o empreendedorismo de negócio. Segundo Deranor, “a idéia de lançar a primeira revista em quadrinhos da região voltada para o ensino do empreendedorismo é desenvolver ações em que os alunos aprendam fazendo. Estamos formando cidadãos com capacidade de projetar futuros e organizar estratégias para realizar sonhos”.

Boa alimentação ajuda na gestação de ovinos

Cuidados com nutrientes e higienização do local diminuem riscos de distúrbios na maternidade e ocorrência de enfermidades, como verminoses e micoses.

Kamila Pitombeira
30/05/2011


Um dos principais cuidados com ovelhas gestantes é a alimentação. Porém, muitos produtores deixam a desejar nesse quesito, principal responsável pelo bom desenvolvimento do feto e a consequente boa produtividade. O bom manejo de ovelhas gestantes foi um dos temas abordados no sétimo Congresso Brasileiro da Raça Santa Inês, que aconteceu nos dias 12 e 13 de maio em Maceió, no Estado de Alagoas. Segundo Carla Fabrícia Cordeiro, professora de Zootecnia do Instituto Federal de Alagoas (IFAL), o manejo deve ser feito de forma bem cuidadosa e o produtor deve estar atento ao período gestacional. Ela diz que a gestação dura 150 dias, em média, e nos últimos 50 dias de gestação, as ovelhas requerem mais atenção, pois é quando cerca de 70% do feto é formado.

Nos 100 primeiros dias, a alimentação é normal, pois ela não precisa de tantos elementos energéticos. Já no final da gestação, é preciso voltar uma atenção especial para essas ovelhas, já que elas começam a gerar os 70% da produção fetal. Além disso, as ovelhas podem ter gestação de um animal, de duplos ou triplos. Portanto, se o produtor se descuidar dessa atenção, elas podem sofrer distúrbios metabólicos, como a toxemia da gestação, ou seja, a falta de energia no organismo do animal, necessária para produzir o restante do feto — explica a professora.

Além disso, antes da gestação, ela afirma que é preciso ter cuidados com o escore corporal, ou seja, o estado corporal no qual o animal se encontra. Portanto, a ovelha não pode estar nem obesa, nem muito magra, o que pode contribuir também para o distúrbio metabólico.

Mas, de acordo com Carla, não é apenas na etapa de gestação que os cuidados são importantes. Os animais precisam estar em um local bem higienizado e desinfetado para evitar índices maiores de ocorrência de enfermidades, como verminoses, micoses e doenças de pele. Além disso, o cordeiro precisa nascer em um ambiente preparado.

— Um bom manejo das ovelhas pode proporcionar o sucesso da criação ao produtor. Todas essas preocupações com o manejo visam buscar maior lucratividade da criação. Quando o produtor se descuida das pequenas coisas, pode provocar grandes prejuízos — avisa.

Para a professora, um dos principais erros cometidos pelos produtores é a alimentação inadequada dos animais. Segundo ela, muitos deles não adotam o Flushing, que é uma suplementação destinada tanto para o final da gestação, para que a ovelha possa produzir 70% do feto, quanto para a recuperação, quando essas ovelhas têm o escore corporal um pouco abaixo do ideal para a fase de reprodução.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O Peixe Certo


"Portugal é o terceiro maior consumidor de pescado do mundo. Em média, cada português consome 57 quilos de peixe por ano, superado apenas pelos consumos verificados na Islândia e no Japão. Este elevado consumo de peixe, aumenta necessariamente as nossas preocupações e responsabilidade ao nível da sustentabilidade das espécies pescadas capturadas. Nesse sentido, a Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM), tutelada pelo Ministério da Defesa Nacional, em parceria com os Ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas (MADRP) e do Ambiente e do Ordenamento do Território MAOT) produziram réguas com informação relativa ao tamanho mínimo legal de captura das espécies de pescado mais consumidas em Portugal, de acordo com a legislação aplicável. Desta forma, o consumidor poderá comprar e consumir estes alimentos, de forma mais consciente, contribuindo para a sustentabilidade da biodiversidade marinha e combate à pesca ilegal."

Fonte: Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar





IAGRAM aposta na automação em sistemas de irrigação




Com o objetivo de promover a inovação em suas empresas, a Incubadora do Agronegócio de Mossoró da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, estuda a proposta de oferecer um novo produto para produtores da região oeste. A ideia é automatizar sistemas de irrigação. O projeto está sendo viabilizado por meio da SETUP, uma das empresas incubadas pela IAGRAM.


Para implementação da proposta, a IAGRAM conta com o apoio do professor do curso de Engenharia de Produção da UFERSA, André Pedro Fernandes Neto, e do consultor em tecnologia de informação, Adevaldo Buiati. Além disso, a Incubadora conta também com a participação do professor Drº em Irrigação e drenagem, José Francismar de Medeiros, do Departamento de Ciências Ambientais, que fornecerá as informações técnicas necessárias para o projeto.

 

 
Segundo o professor André Pedro, a proposta é viável uma vez que já existe no mercado equipamentos que possibilitam a irrigação automática a partir da necessidade hídrica da cultura. Já o consultor Buiati considera a ideia inovadora. “Esse projeto tem tudo para dar certo, tendo em vista que a IAGRAM pode contar com profissionais habilitados da UFERSA”, finaliza.


A proposta de inovação foi concebida depois de um encontro que envolveu o gerente operacional da Incubadora, Giorgio Mendes, a diretora de projetos da SETUP, Adriana Guimarães, os professores da UFERSA André Fernandes e José Francismar, e ainda o consultor e gestor de empresas, Adevaldo Buiati.



segunda-feira, 23 de maio de 2011

Rede Leite: tecnologia produzida a partir do contato com o produtor

Projeto une pesquisa à prática dos produtores de leite no Sul e consegue melhorar a renda e informação
Juliana Royo
25/05/2010
                                         

A Rede Leite é um programa que reúne pesquisadores, professores e extensionistas que trabalham em parceria com alguns produtores para desenvolver tecnologias mais coerentes com a realidade dos produtores de leite, principalmente os familiares. O programa começou informalmente há quase cinco anos na região de Ijuí, no Rio Grande do Sul, e foi oficializado no último dia 21 de maio, onde especialistas e produtores formalizaram uma carta de intenções e objetivos para resolver os problemas das fazendas leiteiras. Apesar do objetivo do programa não ser o aumento imediato de renda, com o maior contato com os pesquisadores, há casos de produtores que conseguiram triplicar a sua produtividade. Um exemplo é o produtor Jurandir Paulo dos Santos, que antes da assessoria dos técnicos da Rede Leite produzia 1.600 litros de leite por mês e agora produz mais de 4.500 litros. “A gente tinha vontade de melhorar, mas não tinha instrução”, disse o produtor para a Emater Ijuí.


Com o Rede Leite, há uma dupla troca de conhecimento. Os produtores aprendem a manejar melhor o gado, conhecem mais sobre a gestão das fazendas, fazem uma higiene mais correta das vacas leiteiras e aprendem a otimizar a alimentação do rebanho. Já os pesquisadores conhecem de perto os problemas enfrentados pelos agricultores, percebem como os fazendeiros estavam conduzindo a fazenda e podem desenvolver melhorias dentro do sistema produtor de leite. Quem ganha são os animais, que são mais bem tratados, a família, que ganha qualidade de vida, e o produtor, que consegue aumentar a sua renda, porque aprende a cortar gastos desnecessários e melhorar o trabalho do dia-a-dia. 

— A gente que trabalha com pesquisa faz as tecnologias imaginando as necessidades do produtor, mas muitas vezes produzimos coisas que o produtor não vai nem precisar ou não é o ideal. Através do programa, é possível perceber essas necessidades de uma forma muito melhor, porque a gente troca com o produtor, a gente conversa. Esses produtores já tiveram resultados positivos não só no aspecto da renda, como também nas questões sociais, porque muitas vezes eles têm um trabalho muito árduo. O nosso trabalho não visa impacto imediato e com foco somente econômico, mas busca melhorar o sistema de produção, as condições de trabalho e a qualidade de vida da família — explica o pesquisador Gustavo Martins da Silva, da Embrapa Pecuária Sul, um dos responsáveis pelo Rede Leite. 

O programa tem atuação em toda a área da Emater regional de Ijuí, que envolve cerca de 47 municípios com cerca de 18 mil produtores de leite. Atualmente, 50 produtores já participam do programa. Eles contam com visitas periódicas das equipes de especialistas.

Governo incentiva produção de mel no Dia Nacional do Apicultor

Seagro/TO - Portal dia de Campo
20/05/2011 

A produção de mel no Tocantins desponta como mais uma atividade rentável para agricultores familiares. A Seagro – Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário, em parceria com a UnitinsAgro e a Cooperativa de Produtores de Mel de Palmas, entrega neste domingo, às 9h30,  kits para produção de mel a apicultores. A entrega faz parte das comemorações do dia do apicultor, celebrado no dia 22 de maio. A representante da Seagro no evento que acontece no assentamento Entre Rios, município de Palmas, próximo a Buritirana será a médica veterinária, Érika Jardim.

Os kits contêm oito produtos, entre eles: caixa, macacão, luvas, fumegador, botas, coletor e colméia. A entrega é resultado de um projeto da UnitinsAgro para incentivar a produção de própolis no Estado. O produto será comercializado para laboratório de pesquisa de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo.

Segundo o presidente da cooperativa, Antonildo Machado, a própolis é um produto apreciável no mercado farmacêutico por apresentar substâncias terapêuticas e atuar  especificamente como cicatrizante. “Essa é uma atividade lucrativa, um quilo custa no mercado R$ 2,50”, argumentou o presidente. A cooperativa é composta de 88 apicultores do entorno de Palmas.

Própolis
É uma substância resinosa, balsâmica, de consistência viscosa e cor variando entre o verde pardo e o castanho escuro, dependendo de sua origem botânica. É produzida pelas abelhas a partir de resinas medicinais produzidas por alguns tipos de plantas.

Para as abelhas, a própolis é de fundamental importância, pois tanto serve para fazer uma medicina preventiva, esterilizando a colméia e impedindo a propagação de bactérias e fungos, como é usada para envernizar internamente a colméia, tendo uma ação de isolante térmico.

Investimentos
No mês de março deste ano, o governo do Estado destinou cerca de R$ 300 mil reais para investimentos no setor. A expectativa para produção de mel é promissora. Em 2010, foram colhidas aproximadamente 200 toneladas. A meta para 2011 é alcançar 300 toneladas. Hoje o Tocantins conta com 1,3 mil apicultores, 49 associações e duas cooperativas.

De acordo com Antonildo Machado, a produção de mel recebe incentivos principalmente do governo do Estado, por meio do Programa Compra Direta e a inserção do mel nas escolas. Hoje cidades como Palmas, Araguaína e Gurupi já utilizam o mel na merenda escolar. A intenção é expandir o alimento em todos os municípios do Estado. 

Congresso
A médica veterinária, Érika Jardim informou que no próximo mês de outubro será realizado, no Espaço Cultural, em Palmas o I Congresso de Apicultura e Meliponicultura da Amazônia. O evento é uma parceria com a CBA – Confederação Brasileira de Apicultura, FETOAP – Federação Tocantinense de Apicultura e Governo do Estado.

terça-feira, 17 de maio de 2011

IAGRAM aprova 02 programas no PROEXT 2011

A incubadora aprova junto ao MEC dois programas que viabilizará recursos na ordem de R$ 230.000,00 para suas empresas incubadas. As propostas foram enviadas pelos Professores do Departamento de Agrotecnologia e Ciências Sociais, Thiago Ferreira Dias (Coordenador de Projetos da IAGRAM) e Fernando Porfírio Soares de Oliveira (Coordenador Tecnológico da IAGRAM). Os programas constitui em duas linhas a serem trabalhadas conforme a seguir: 

a) Programa de Formação e Assessoria a Empreendimentos Econômicos Solidários da Região Oeste do Rio Grande do Norte.
O Programa Formação e Assessoria a Empreendimentos Econômicos Solidários do da Região Oeste do Rio Grande do Norte visa institucionalizar no âmbito de um programa várias ações isoladas que vem acontecendo na UFERSA no fomento a Economia Solidária na região Oeste Potiguar. Busca-se o fortalecimento de Empreendimentos Econômicos Solidários (EES’s) envolvendo o apoio a criação da Incubadora de Iniciativas Sociais e Solidárias do Oeste Potiguar (INCUBAOESTE) e formação de docentes, técnicos e discentes em economia solidária e tecnologias sociais.Assim, estão previstas as seguintes atividades:Atividades formativas de natureza sócio-política e técnica com a equipe da Incubadora;Promover atividades de mobilização, sensibilização e formação de docentes, técnicos, discentes e técnicos de entidade de apoio e fomento a economia solidária; Promover formações sociopolíticas em Associativismo e Cooperativismo, Economia Solidária e Participação e Controle Social; Formação técnica em gestão como Planejamento e Gestão Estratégica,Gestão Financeira e Contábil,Marketing,Comercialização e Comércio Justo; Gestão de Pessoas, Liderança e Relações no Trabalho.Ao fim do programa espera-se como resultado interno o compartilhamento e institucionalização das ações no campo da Economia Solidária na UFERSA e no âmbito externo o fortalecimento dos Empreendimentos Econômicos Solidários e promoção da temática Economia Solidária junto a docentes,técnicos, discentes e técnicos de entidades de apoio e fomento.     
b) Programa de tecnologia social a partir da assessoria de gestão e tecnologia solidária da IAGRAM - Incubadora do Agronegócio de Mossoró


A Incubadora do Agronegócio de Mossoró - IAGRAM surge como resultado de uma ampla articulação interinstitucional e estabelecimento de parcerias estratégicas realizadas pela UFERSA, FGD e SEBRAE/RN na região, além de instituições como: UERN; Prefeitura Municipal de Mossoró; Banco do Nordeste; Banco do Brasil; Federação Apícola do Rio Grande do Norte - FARN e Centro Tecnológico do Agronegócio do Rio Grande do Norte - CTARN. Parte dessas instituições parceiras já esteve presente em atuação conjunta na busca e obtenção dos melhores resultados para o desenvolvimento sócio-econômico-ambiental Pólo de Desenvolvimento Integrado Assu/Mossoró. Para que as atividades voltadas às empresas e empreendedores vinculados à Incubadora possam ser melhor desenvolvidas, em especial as atividades de treinamento, consultoria e gestão dos negócios, que além do apoio no processo de gestão do empreendimento, colabora com a captação de recursos para todas as atividades inerentes a um programa de incubação, junto aos Editais do SEBRAE Nacional e da FINEP/PNI, bem como em outros projetos em desenvolvimento por agência de fomento na região. O público-alvo da incubadora é composto por empreendedores do agronegócio da região, alunos dos cursos de graduação e pós-graduação, ex-alunos, professores, técnicos e pesquisadores das instituições públicas e privas da região do semiárido.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

AGRONEGÓCIO: Exportações do setor ultrapassam os US$ 80 bilhões

A balança comercial do agronegócio brasileiro registrou um novo recorde nas exportações 


No período acumulado dos últimos 12 meses (de maio de 2010 a abril de 2011), o valor chegou a US$ 81,3 bilhões, um aumento de 20,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Por conta desse desempenho, o superávit comercial também subiu e alcançou os US$ 66,6 bilhões. No mês de abril, houve um incremento de 24,4% em comparação ao mesmo mês de 2010. Somente nesse período, as exportações atingiram US$ 7,9 bilhões. O resultado foi um saldo mensal de US$ 5,3 bilhões.

Desempenho - Os aumentos e recordes nas vendas ao comércio exterior de produtos agrícolas foram possíveis graças ao bom desempenho de algumas culturas. Entre elas, os derivados da soja, as carnes, o complexo sucroalcooleiro (etanol e açúcar), produtos florestais (madeira, celulose, papel, borracha), café, além de cereais, farinhas e preparações. As carnes também tiveram uma contribuição importante.

Complexo soja - O principal foi o complexo soja (grão, farelo e óleo), que apresentou um crescimento de 35,7% e totalizou US$ 3 bilhões (38,4% do total exportado em produtos do agronegócio no mês de abril de 2011). Em relação ao grão e ao farelo, houve aumento da quantidade exportada (grão - 3,6%, farelo - 11,6%) e elevação dos preços (grão - 29,9%, farelo - 37,8%). Apenas o óleo teve redução no volume exportado (37,3%), mas os aumentos dos preços mais que compensaram a queda na quantidade exportada (+51,8%).

Carnes - A segunda mercadoria mais importante em valor exportado no mês foram as carnes, responsáveis por um aumento na receita de 19,2%, o que representa o valor de US$ 1,3 bilhão em abril de 2011 (em 2010, o montante registrado no mês foi de  US$ 1,1 bilhão). A carne de frango registrou aumentos tanto na quantidade exportada (3,7%), como nos preços (22,3%). A carne bovina, apesar da  queda do volume exportado (13,1%), teve um razoável incremento no preço médio (29,5%) . Já a carne suína teve uma leve queda na quantidade exportada (0,5%) e um aumento nos preços (10,6%).

Sucroalcooleiro - A terceira posição ficou com o complexo sucroalcooleiro (etanol e açúcar), com 10,6% do valor total exportado em produtos do agronegócio. De US$ 677 milhões em abril de 2010, o valor passou para US$ 839 milhões em abril deste ano (crescimento de 23,9%). Os preços do açúcar (28,9%) e do álcool (37,7%) tiveram aumentos no período. Apesar disso, ambos sofreram queda na quantidade exportada (açúcar - 3,9%, álcool - 7,6%). O açúcar totalizou o valor exportado de US$ 811 milhões (aumento de 23,8%) e o álcool, US$ 28 milhões (incremento de 27,3%).

Valor total - Esses três setores (complexo soja, carnes e complexo sucroalcooleiro) concentraram 65,7% do valor total exportado de produtos do agronegócio em abril de 2011 (US$ 7,9 bilhões). Em abril do ano passado, a produção desses setores somados respondera por 63,4% do total exportado. 

Destinos das exportações - Em abril de 2011, a Ásia (exceto Oriente Médio) foi o continente que mais importou os produtos do agronegócio brasileiro -- US$ 2,7 bilhões. A União Europeia ficou em segundo lugar, com US$ 2 bilhões. Ambos registraram variações positivas nas receitas de exportação em relação a abril do ano passado (22,7% e 32,8%, respectivamente).

Fonte:http://www.portaldoagronegocio.com.br/conteudo.php?tit=agronegocio_exportacoes_do_setor_ultrapassam_os_us_80_bilhoes&id=55123

Ideias inovadoras ajudam a transformar as empresas

Com o estímulo à inovação, SENAI e SESI reafirmam seu compromisso com o desenvolvimento da indústria brasileira.

As boas ideias ajudam a melhorar as empresas que têm a inovação em seu DNA. Com o objetivo de valorizar essa prática, o Edital SENAI SESI de Inovação apoia a promoção de pesquisa com foco no desenvolvimento de processos, produtos inovadores e tecnologias sociais. Dessa forma, consolida o compromisso do SENAI e do SESI de incentivar a produtividade e a competitividade industrial.

O edital oferece R$ 23,5 milhões para investimento em projetos executados em até 20 meses, além de R$ 2,5 milhões em bolsas do Ministério da Ciência e Tecnologia/CNPq. Podem participar empresas industriais públicas ou privadas de todo o País.

Mais informações no site www.editaldeinovacao.com.br.

A qualidade além da aparência

 Por Carlos Martins Santiago


O arroz é o principal alimento consumido no Brasil e um dos mais importantes do mundo. Mas no Brasil, a aparência tem sido o fator que define esse produto, qualquer outra característica, é deixada de lado em nome do visual. No agronegócio, define-se qualidade como sendo a soma das propriedades e características de um produto, natural ou industrializado, que contribuem para satisfazer as necessidades do consumidor. As necessidades do consumidor, por sua vez, são implícitas ou explícitas, sendo que com o poder da mídia em criar modelos de consumo, as qualidades explícitas se afloram na mente das pessoas e passam a dominar a maneira de consumir e, por conseguinte, o negócio do arroz de um modo geral.

A preferência do consumidor em relação ao arroz foi modificada nas últimas décadas. Antes o padrão de consumo nas regiões Centro Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste era o “amarelão goiano”, grãos de tipo longo, obtidos com o cultivo do arroz em regime de sequeiro, agora conhecido como Terras Altas. Visualmente era um arroz diferente do que existe hoje nas gôndolas dos supermercados, mas constituía a preferência do consumidor. No conjunto de características que formavam a sua qualidade, implícito estava o fato de ser um arroz produzido exclusivamente com água das chuvas. As águas pluviais são uma forma completamente natural de irrigação de uma lavoura, sem ferir as reservas naturais, rios, açudes ou barragens, a chuva cai do céu e irriga a plantação, ao mesmo tempo em que segue o seu curso normal rumo aos mananciais. É simples assim.

Contra esse tipo de arroz pesava a acusação de ser proveniente de áreas de desmatamento. O que não se dizia é que o desmatamento não tinha o objetivo final de se plantar arroz, e sim o do plantio de soja, milho ou pastagens. O arroz não constituía um fim, mas apenas um meio de se atingir aqueles objetivos. Foi a cultura usada para “amansar” a terra, após o desmatamento se plantava o arroz por um ou dois anos e em seguida a terra passava por um processo de correção de fertilidade para a implantação de outros cultivos como soja e milho ou semeio de capim para a formação de pastagens.

Os valores visuais mudaram, mudaram-se as qualidades explícitas, mas as qualidades implícitas talvez nunca tenham sido de grande importância para o consumidor de arroz no Brasil, já que nos principais países produtores, que também são os principais consumidores: China, Índia e Indonésia, a aparência é apenas mais um dos requisitos de um bom arroz, e, não “o requisito”. Essa é a maneira de “ver” esse alimento sagrado em nações com tradições milenares na produção, preparação e no consumo desse cereal. 
Chegou o momento de o consumidor brasileiro abrir os olhos e começar a enxergar além das gôndolas. É inconcebível permitir que um Celetron, equipamento eletrônico usado para separar os grãos defeituosos, tais como picados, manchados e gessados, defina também a sua visão do produto. 
Por mais que se selecione o arroz antes de empacotar, por mais que se mude a sua qualidade explícita, isso não significa que os defeitos do produto tenham sido retirados. Alguns defeitos implícitos, jamais poderão ser removidos, a não ser que se mude a essência do próprio produto, mude a maneira de gerar, de plantar, mude o modo de cuidar da lavoura e das pessoas que cuidam da lavoura e, se mude também a maneira de cuidar da nossa água e do meio ambiente em que toda plantação comercial está inserida.

Práticas agrícolas, sociais e ambientais não recomendadas, continuarão contidas no alimento de cada dia e continuarão a ser ingeridas, embora escondidas sob uma belíssima maquiagem. A qualidade do arroz é produzida na lavoura. Todas as práticas e processos posteriores podem no máximo, conservar e exprimir essa qualidade, ou, esconder os seus defeitos. 

É preciso começar a enxergar a origem, a maneira como os alimentos são produzidos, para só então, decidir pela aquisição e pelo seu consumo. Só assim o consumidor deixará de ser objeto, e, passará a ser o sujeito de uma nova realidade no agronegócio brasileiro.


Fonte: http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Materia.asp?id=24254&secao=Artigos%20Especiais&c2=Agroneg%F3cio


quinta-feira, 12 de maio de 2011

BENEFÍCIOS DO MEL PARA A SAÚDE


O mel é um saboroso alimento que pode ser consumido junto com iogurte, frutas, leite, torradas e cereais, como a granola, a aveia e os flocos de milho. É uma substância açucarada, constituída de frutose e glicose, elaborada no organismo das abelhas a partir do néctar que coletam de diversas flores.
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Este alimento não serve apenas para satisfazer o paladar. Suas propriedades terapêuticas são conhecidas há milhares de anos. Ele pode ser consumido para cuidar da saúde do organismo e proporcionar mais energia para o dia-a-dia.
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É de fácil digestão, sendo assimilado diretamente pelo organismo. Fonte de carboidratos, vitaminas do complexo B e sais minerais, o mel desintoxica o organismo, favorece a digestão, neutraliza a ação de agentes tóxicos nocivos, combate o estresse e cansaço. Também previne contra a osteoporose, aumentando a fixação de cálcio nos tecidos.
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Possui ação prebiótica, agindo beneficamente sobre a flora intestinal. Contém uma substância chamada inibina que age como um antibiótico natural. Tem ação anti-séptica, antiinflamatória, antioxidante, antimicrobiana. É imunoestimulante, sendo eficaz contra os sintomas de gripes e resfriados. Bom coadjuvante no tratamento de problemas pulmonares e da garganta. Livre de agrotóxicos, o mel orgânico associa os seus benefícios aos dos alimentos orgânicos, cultivados em harmonia com o meio ambiente e gerando mais qualidade de vida.
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Todos os tipos de mel devem ser excluídos da dieta de pessoas diabéticas.
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quarta-feira, 11 de maio de 2011

A sustentabilidade e o agronegócio brasileiro

Por José Luiz Tejon



E agora? A China invade a África. Viraram os maiores parceiros econômicos do continente afro. O mundo torce o nariz. Nossa, fazem acordos com ditadores, fecham os olhos para a tal da sustentabilidade, responsabilidade social e direitos humanos! US$ 100 bi foi o valor das relações comerciais entre china e África, em 2010. Será que devemos temer ou compreender a sabedoria milenar chinesa? Porque tanto medo se viraram nossos maiores clientes? “Ah”, muitos dizem, “mas eles fazem coisas baratas e se tomarem a África vão produzir mais barato ainda!” Isso é ruim? Será que o choque do “capimunismo” (mix de capitalismo com comunismo) , não tem nada para ensinar? Tem coisa que não presta, é verdade, mas que show de marketing , de penetração, de capilaridade de ponto de venda, de logística, distribuição, de suply chain. E, pelo que vemos, ainda tudo no início...

Enquanto isso acontece e o Sudão, com 46 milhões de terras agricultáveis para vender, se separa em norte e sul, vem aí previsões de seca na China, igual a seca da Rússia do ano passado. E o fator climático reina, no oposto com chuvas e alagamentos na Austrália. Logo, isso caminha para escassez da oferta de alimentos, e a FAO constata o maior pico de preços da história no inicio de 2011, e o nosso agronegócio, o que mais poderia dar o salto de oferta e de agregação de valor continua com uma rolha bem grande na estrutura, na logística, na armazenagem e na crise de identidade entre discursos do Reino de Avatar por um lado e de predadores corruptos por outro, que terminam por roubar a nação pelo lado de dentro do próprio sistema, como o caso da madeira do Mato Grosso do ano passado.
Na ponta sofisticada do agribusiness, temos agora investidores. Pessoas físicas que podem investir em commodities agrícolas. Mais um ativo para o risco, ou para mitigar o risco. Dos US$ 62 trilhões do PIB global, multiplicamos por 10, o movimento dos derivativos. E, pergunto, você vai investir em commodities agrícolas? Atenção os especialistas avisam: “cuidado é de altíssimo risco”. Se é para o investidor em papéis, imagine para o produtor rural que planta, cria, engorda, trata, colhe, recria, e geralmente não tem nem cofre, para armazenar sua produção e além de tudo assume todo o risco, incluindo o do “el nino e o da la nina“.

A lição de tudo isso é que sem velocidade e governança não se faz sucesso, ou para fazer sucesso sendo lento a seleção natural de milhares de produtores rurais é desastrosa demais, e o país pode perder espaço e área nessa olimpíada do agronegócio global. Falta carne no mundo, falta grãos, falta alimentos processados, falta água, falta meio ambiente, falta tudo e tudo falta. O que não nos pode faltar é criatividade e desafios ousados.

O mundo mudou, não mais pinturas de dragões da maldade versus valentes guerreiros das cruzadas. A afinidade entre o progresso evolutivo e todos os seus agentes, onde quer que se encontrem é a grande rota do mercado e do comércio neste século XXI. Sem fantasmas, o negócio é vender e produzir.

Fonte: http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Materia.asp?id=24253&secao=ColunasAssinadas


sexta-feira, 6 de maio de 2011

IAGRAM vai viabilizar projeto junto a CONAB para empresa incubada




Recentemente a Incubadora do Agronegócio de Mossoró - IAGRAM e o presidente da Cooperativa dos Produtores de Arroz e Fruticultores do Apodi - COOPAFA , José Maria do Rosário (Chicola) estiveram presente na CONAB em Natal - RN, com o objetivo de incluir asua empresa incubada, COOPAFA,  no programa " Compra da Agricultura Familiar com Doação Simultânea"  cuja a finalidade é atender às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional por meio meio de doação de alimentos adquiridos de agricultores familiares. 

Na prática o programa consiste na compra por parte do Governo Federal da produção de agricultores familiares para serem destribuídos a instituíções governamentais ou não governamentais que atendam às populações em situação de insegurança alimentar e nutricional. Entre as instituições a serem beneficiadas pelo programa  estão as creches, escolas, asilos, comunidades rurais etc. O programa prevê a compra do valor da produção até o limite de R$ 4.500,00 por agricultor.


Os membros da IAGRAM formada pelo Gerente Giorgio Mendes e a Secretaria Executiva Ataline Mayara foram recepcionados pelo Técnico da CONAB José Lopes de Melo que parabenizou a iniciativa da incubadora." Tendo em vista que a maioria das associações e cooperativas são compostas por pessoas simples que não têm intimidade com as questões burocráticas, esse apoio da incubadora é muito importante para o desenvolvimento da cooperativa". comentou.


Posteriomente, a equipe da IAGRAM juntamente com o presidente da COOPAFA foi encaminhada para o setor de operações e programa institucionais e socias onde o responsável pelo setor o técnico Eliomar Gomes Pinheiro teceu detalhes sobre o programa informando a documentação necessária para que os cooperados possam participar do programa.

Para o gerente da IAGRAM, o Engº Agrônomo Giorgio Mendes, o papel da incubadora é apoiar suas empresas incubadas onde quer que elas estejam, não somente no que se refere a gestão de seus negócios, mas também procurar inserir as incubadas em programas e projetos para que elas possam desenvolver as regiões onde elas estão. " Creio que com esse apoio que iremos dar montando o projeto,  nós vamos poder dar uma maior segurança aos produtores estimulando o crescente aumento da produção na  região" frisou. Segundo ainda o gerente, o projeto irá beneficiar algumas instituições governamentais e não governamentais da cidade de Mossoró.



Segundo o presidente da COOPAFA, Chicola, com a inclusão da cooperativa no programa da CONAB, os produtores terão a garantia de venda do produto e ao mesmo tempo vai beneficiar as populações carentes. " Essa vem sendo luta antiga para nós e que só agora com o apoio da IAGRAM  temos  uma real  possibilidade de ser realizada" afirmou Chicola. A COOPAFA hoje produz o arroz vermelho e melancia  no Vale do Apodi.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Jovem empreendedor cria franquia que fatura R$ 3 milhões ao mês

Daniela Moreira


Com apenas 26 anos, David Pinto decidiu abandonar o emprego de diretor em uma rede de franquias de alimentação para criar seu próprio negócio.A história começou com uma reforma em seu apartamento, no início do ano passado. “Passei por todos aqueles problemas que quem faz uma obra passa: atrasos, serviço mal-feito, falta de comprometimento”, conta.

Diante do desafio, Pinto vislumbrou uma oportunidade de negócio: criar uma empresa que oferecesse serviços de reparos e reformas de maneira sistematizada e profissional. Assim nascia em agosto do ano passado a Dr. Resolve Reparos e Reformas, rede que já conta com quase 150 unidades entre franquias operacionais e em processo de instalação.A franquia oferece serviços de pintura, elétrica, alvenaria, hidráulica e jardinagem em residências e espaços comerciais.

A rede possui sua própria universidade que disponibiliza mais de 10 programas de treinamento nas áreas técnicas e de gestão ao franqueado e toda sua equipe. “A falta de mão de obra qualificada é um dos principais gargalos do setor. Nós contornamos esse problema oferecendo capacitação aos funcionários”, destaca Pinto. Antes de lançar a franquia, o empreendedor fez um piloto com uma unidade modelo em São José do Rio Preto, que hoje fatura R$ 100 mil mensais."O mercado de construção vive um momento fantástico, crescendo dois dígitos há vários anos, e a tendência é continuar”, opina o empreendedor.

O investimento para adquirir uma unidade da rede é de R$ 35 mil, incluindo taxa de franquia, instalação do negócio e capital de giro para começar. Cada unidade emprega em média de 10 funcionários e gera receita média de R$ 30 mil a R$ 40 mil ao mês.Menos de um ano após sua estreia, a rede já fatura R$ 3 milhões ao mês e tem planos de encerrar o ano com receita de R$ 100 milhões, com 300 unidades em operação.Como resultado do sucesso da Dr. Resolve, Pinto já testa um novo modelo de negócio, a Resolve Construções Inteligentes, especializada em métodos de construção inteligente. A nova franquia já está em piloto no interior de São Paulo e deve estrear oficialmente no segundo semestre de 2011. Para coordenar os processos de expansão das duas bandeiras, o empreendedor fundou a Resolve Franchising, também com sede em São José do Rio Preto.





terça-feira, 3 de maio de 2011

IAGRAM: Descobrindo potenciais empreendedores no semiárido

Giorgio Mendes Ribeiro

Engenheiro Agrônomo, Especialista e Mestre em Irrigação e Drenagem pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido, atualmente, é Assessor Técnico da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFERSA, desempenhando também a função de Gerente Operacional da IAGRAM.


Na região do semiárido, mais especificamente no Oeste Potiguar, estão surgindo novos mecanismos de desenvolvimento com o objetivo de explorar a vocação da região e com isso trazendo benefícios as cidades gerando e emprego e renda para população. Um exemplo prático é a Incubadora do Agronegócio de Mossoró - IAGRAM, mantida pela Universidade Federal Rural do Semi-Árido que vem desempenhando um papel importante para a economia regional no sentido de apoiar as empresas nascentes, entre elas as formadas por jovens da região que sonham em ser donos de seu próprio negócio.

Atualmente, além de apoiar as micro e pequenas empresas ligadas ao agronegócio a IAGRAM vem também desenvolvendo um trabalho dentro da Universidade Federal Rural do Semi-Árido incentivando os estudantes a despertar o potencial empreendedor, descobrindo futuros empresários. Essa iniciativa faz com que os jovens permaneçam trabalhando na sua cidade de origem, aproveitando o potencial da região e evitando a fuga para os grandes centros urbanos.

Com a globalização da economia e o avanço de novas tecnologias, o mercado de trabalho exige cada vez mais profissionais qualificados na hora de contratar. Nesse sentido, a experiência profissional é um diferencial importante para a obtenção do primeiro emprego e essa experiência pode ser adquirida na universidade através das empresas juniores onde os estudantes tem a opção de se tornarem futuros empresários ou para aqueles que embora não tenham a pretensão de serem empresários, mas que podem ao longo de sua permanência nas empresas juniores estarem se qualificando e exercendo futuramente cargos de chefia.

Atualmente, A IAGRAM assessora 18 empresas no ramo do agronegócio espalhadas em diversas cidades do Estado do Rio Grande do Norte, sendo 06 empresas incubadas formadas por estudantes universitários, sendo cinco delas empresas juniores criadas no âmbito da UFERSA que já estão atuando no mercado e uma empresa que atua no ramo da floricultura formada por estudantes concluintes do curso de agronomia e que já prestam serviço a sociedade.

Para garantir o desenvolvimento das empresas a incubadora da UFERSA vem buscando sistematicamente aplicar novas tecnologias, novos mercados, novos métodos gerenciais e processos de negócio para as suas empresas incubadas, tendo em vista que, na atual economia global esses aspectos são fundamentais para a competitividade e sobrevivência de uma empresa, permitindo uma operacionalização mais ágil e flexível.

Existem, porém, dois fatores determinantes para alavancar as iniciativas de melhoramento contínuo e o aumento da competitividade das empresas. Trata-se do acesso e obtenção de financiamentos e de um eficiente planejamento que permitam a implementação dessas ações. Nesse sentido, a IAGRAM vem estabelecendo parcerias estratégicas com instituições financeiras, de fomento e pesquisa para sanar essas deficiências e permitir o desenvolvimento de suas empresas, isso porque, a ausência desses fatores está, cada vez mais, determinando a falência ou a saída do mercado de inúmeras empresas de diversos ramos de atuação, devido às altas taxas de juros cobrados sobre o capital, sem falar na carga tributária excessiva pela qual são submetidas as empresas.

Isso tudo vem culminando no aumento contínuo do desemprego e levando inúmeros ex-empregados a tornarem-se pequenos empreendedores que se jogam, sem qualquer suporte ou planejamento prévio, no sonho de vencer e ser dono do próprio negócio. Em decorrência desse quadro, o número de MPEs (micro e pequenas empresas) criadas no país vem aumentando a cada ano. Porém, em vez de significar uma solução alternativa à crise econômica, isso tem trazido também outros problemas econômicos e sociais ao país. O alto índice de mortalidade dessas MPEs em seus primeiros anos de vida é um exemplo.

Uma iniciativa que vem proporcionando resultados animadores em todo mundo, e também no Brasil, é a criação de incubadoras de empresas como é o caso a IAGRAM, destinadas a amparar o estágio inicial de empresas nascentes que se enquadram em determinadas áreas de negócios. O principal objetivo de uma incubadora de empresas deve ser a criação e consolidação de empresas competitivas, que obtenham sucesso no seu mercado de atuação, gerando benefícios econômicos e sociais à região na qual ela está instalada.

Portanto, o Estado do Rio Grande do Norte já despertou para a importância desse mecanismo de desenvolvimento denominada IAGRAM que hoje vem se preocupando com o lugar dos jovens no mercado de trabalho incentivando-os a serem produtivos e ocuparem seus espaços na sociedade. A IAGRAM hoje conta com diversas parcerias estratégicas como a Universidade Federal Rural do Semi-Árido; a Universidade Estadual do Rio Grande Do Norte, o SEBRAE, o Banco do Brasil, o Banco do Nordeste, a Emater, Prefeitura de Mossoró, a Fundação Guimarães Duque, a Federação Apícola do Rio Grande do Norte e, a Rede Potiguar de Incubadoras, cuja tarefa é potencializar as ações coletivas das incubadoras.

Expofruit 2011 divulga programação científica



Passos Junior

“A Cultura da Uva”, “Produção de Citrus” e a “Fruticultura Sustentável”. Estes são alguns dos temas que serão abordados nos mini-cursos que vão integrar a programação científica da Feira Internacional de Fruticultura Tropical Irrigada - EXPOFRUIT 2011. Os mini-cursos acontecem nos dias 06 e 07 de junho, nas dependências da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, em Mossoró/RN.

“As inscrições podem ser realizadas na UFERSA, na sala da PROEC - Pró Reitoria de Extensão no valor de R$ 25,00 para estudantes e R$ 50,00 para os produtores”, informou a coordenadora da Programação Científica e Tecnológica da Feira, a professora Ludimilla Carvalho. As inscrições serão feitas a partir da próxima segunda-feira, dia 9 de maio.

No mini-curso sobre a cultura da uva serão apresentadas algumas técnicas do plantio, tipos de adubos recomendados e os procedimentos importantes para crescimento e desenvolvimento da cultura da uva.

“Teremos ainda na programação, nos dias 09 e 10 de junho, palestras sobre Sustentabilidade, Gestão Empresarial, Impactos e Riscos do Uso de Agrotóxicos e ‘Estratégias de Comercialização. Esperamos com essa grade transmitir informações importantes aos participantes”, completou Ludimilla.

Na edição 2010 mais de 200 pessoas, entre estudantes, técnicos e produtores participaram da programação científica da feira. “Sempre buscamos temas que contribuam para o esclarecimento de dúvidas e para a formação do profissional, dando-lhe subsídios para a melhoria do manuseio da produção, produtividade e comercialização de seus produtos”, destacou o presidente do Coex, Segundo de Paula.

Maiores informações sobre as inscrições e sobre as palestras e mini-cursos podem ser obtidas através da Pró-Reitoria de Extensão, no telefone 84.3317-8299.

SOBRE A EXPOFRUIT – A Expofruit 2011, na esteira de edições anteriores, tem como objetivo o apoio ao setor frutícola do estado do Rio Grande do Norte, garantindo a participação dos produtores de todo o estado em um evento que viabilize a comercialização da produção e promova novos negócios, inclusive exportações.

O público alvo do evento são os empreendedores e empreendimentos agrícolas, com ênfase no segmento frutícola, produtores, exportadores, importadores, atacadistas, distribuidores, supermercadistas, varejistas, pesquisadores, universitários, empresários e técnicos agrícolas. Durante os três dias da feira, circularão pelo local, em torno de 30 mil pessoas.

A feira é fruto da parceria do Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (COEX), Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte (SEBRAE), Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA).

Fonte: Assessoria de Comuinicação da UFERSA

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Aspectos da mineralização de ovinos

Emanoel Elzo Leal de Barros
Zootecnista, D.Sc em produção animal
Professor do departamento de Zootecnia - UPIS/DF 




Nutrir um animal implica no fornecimento de todos os nutrientes em quantidade e proporções adequadas, para atender suas exigências nutricionais. Neste sentido entende-se por nutriente todos os compostos químicos orgânicos e inorgânicos que participam diretamente dos processos metabólicos e são fornecidos pelos alimentos.

Para que os animais alcancem maiores produções torna-se necessário que práticas de manejo sejam adotadas, no que se relaciona com nutrição e alimentação, com o objetivo de fornecer através de uma dieta sem fatores tóxicos, os nutrientes essenciais ao bom desempenho animal.

Dentro do contexto da nutrição, deve-se ter atenção com todos os nutrientes (proteínas, carboidratos, lipídeos, minerais, vitaminas, água), os quais devem estar contidos na ração fornecida aos animais. Todos estes nutrientes são importantes para um desempenho animal, e nenhum pode ser negligenciado no manejo nutricional. Sendo assim, a mineralização dos animais deve acontecer de forma a evitar prejuízos aos mesmos.

Os minerais são elementos químicos inorgânicos, encontrados frequentemente na forma de sais associados com elementos inorgânicos ou orgânicos. O papel desempenhado pelos minerais na alimentação dos ruminantes, assim como as funções vitais desenvolvidas no organismo animal, merecem uma grande importância e uma posição de destaque dentro da nutrição animal.

Dentre as principais funções desempenhadas pelos minerais estão: papel plástico na formação do esqueleto, dentes, músculos, etc.; participação em sistemas enzimáticos, atuando como co-enzimas; na contratilidade e excitabilidade muscular; atuação na irritabilidade nervosa; ativação de enzimas digestivas; regulação de equilíbrio hidro eletrolítico; regulação de pH sanguíneo, fazendo parte de sistemas tampões; formação do hormônio tireoideano; coagulação do sangue e transporte de oxigênio.

Diversas são as estratégias adotadas para melhor atender as exigências de minerais dos animais ruminantes que, se não forem supridas, poderão ocasionar diversas alterações metabólicas, diretamente relacionadas com o desempenho produtivo desses animais. Portanto, os elementos minerais são indispensáveis para a saúde, crescimento, conservação, produção e funcionamento do organismo animal.

Os minerais são classificados como macro e microminerais. Como macrominerais estão o cálcio (Ca), fósforo (P), magnésio (Mg), enxofre (S), sódio (Na), potássio (K) e cloro (Cl); são considerados microminerais os seguintes elementos: ferro (Fe), cobre (Cu), cobalto (Co), manganês (Mn), iodo (I), zinco (Zn), molibdênio (Mo), selênio (Se). Estes minerais também chamados de essenciais pelo papel desempenhado no metabolismo animal.

Com a melhoria das técnicas de pesquisa na nutrição animal, outros elementos minerais essenciais foram adicionados àqueles, especialmente o cromo (Cr), flúor (F), bromo (Br), bário (Ba) e estrôncio (Sr), que podem aparecer em determinadas combinações químicas do organismo para alguma finalidade funcional. Resumidamente, as necessidades em elementos minerais, considerados essenciais aos animais dependem de um conjunto de fatores, como crescimento, gestação, lactação, etc., da interação e coincidência destes fenômenos, depende a exigência orgânica dos animais. No simples regime de mantença, as necessidades são menores do que numa fase de produção, seja o próprio crescimento do feto ou ainda a produção de leite.

Convém salientar, que é necessário e muito importante o conhecimento claro sobre as deficiências dos minerais essenciais, para evitar futuros problemas, tais como: gastos desnecessários, toxidade e baixo rendimento dos animais em termos de produção.

Para a espécie ovina, cuidados especiais são dispensados ao elemento cobre. Neste grupo de animais, este mineral apresenta algumas particularidades, no que diz respeito aos efeitos tóxicos, os quais podem surgir quando a ingestão deste elemento é acima dos níveis de exigência.

O NRC (1985), descreveu a necessidade diária de cobre (Cu) dos ovinos na faixa de 7 a 11 mg/kg de matéria seca (MS) ingerida, sendo o limite máximo tolerável de 25 mg/kg de matéria seca. Salienta-se que os valores de cobre são para concentrações menores que 1 mg de molibdênio/kg de MS. Tendo em vista que quando há excesso de molibdênio nas forragens, as exigências de cobre pelos animais aumentam, pelo fato de que o molibdênio interfere no metabolismo do cobre. Em ovinos criados em regime de pasto, a deficiência de cobre pode ocorrer quando a concentração de cobre na forragem varia de 1 a 4 mg/kg de matéria seca.

Ovelhas submetidas à deficiência de cobre durante a gestação podem gerar cordeiros com doenças congênitas no sistema nervoso. A deficiência de cobre pode igualmente conduzir à produção deficiente de glóbulos vermelhos, causando a anemia. Além disso, os cordeiros podem desenvolver osteoporose, ocasionando fraturas espontâneas.

A deficiência de cobre nos ovinos pode ser tanto ou mais danosa ao bolso do produtor quanto à intoxicação por este elemento. Muitas vezes esta deficiência causa prejuízos imperceptíveis ao ovinocultor, e, nos casos em que são percebidos, raramente consegue-se determinar sua causa. Já os prejuízos pela intoxicação são mais evidentes, pois muitas vezes há alguma sintomatologia clínica e, não raramente, o animal vem a óbito, fazendo com que e as providências sejam tomadas de imediato.

Os ovinos possuem tendência a acumular cobre no organismo. Quando a capacidade de armazenagem hepática se esgota, o cobre é liberado para o sangue causando sinais clínicos da intoxicação.

Os sintomas relacionados são anemia, a icterícia que pode ser considerada como as membranas pálidas, amarelas. A urina é tipicamente com uma coloração marrom-vermelha escura. Os carneiros afetados são anoréxicos, letárgicos e extremamente sedentos. Esta situação conduz a prostração e freqüentemente à morte. A morte ocorre geralmente com 1 a 2 dias após o aparecimento dos sinais clínicos, mas a liberação de cobre maciça pode conduzir aos carneiros inoperantes sem nenhuns sinais clínicos. Os carneiros sobreviventes devem ser tratados para inativar o cobre, geralmente com um fornecimento de uma “hidratação”com molibdato do amônia e de sulfato de sódio.

De maneira geral, com o objetivo de evitar distúrbios metabólicos nos animais, recomenda-se que a dieta a ser fornecida seja elaborada por um profissional competente. Pois, a mesma deve ser baseada nas exigências nutricionais da espécie animal que está sendo criada, levando em consideração todos os alimentos que serão utilizados na elaboração da dieta.

Fonte: http://www.diadecampo.com.br/